Palmeira dos Índios (AL) – A investigação sobre a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, ocorrida em 3 de maio de 2025 durante uma operação da Polícia Militar, avançou com novos desdobramentos e se aproxima de conclusão. Um laudo balístico divulgado recentemente apontou que o revólver calibre .38, que teria sido encontrado com o adolescente, estava em plenas condições de uso e apto a realizar disparos. O exame técnico também comprovou a compatibilidade entre o projétil localizado no tambor da arma e o próprio armamento, embora a pistola não possua registro no banco de dados da Polícia Federal.

A investigação será encerrada nas próximas semanas e o inquérito encaminhado ao Ministério Público de Alagoas, responsável por definir os próximos passos do processo. Como etapa decisiva, uma reconstituição do ocorrido foi marcada para o dia 15 de julho. A simulação será fundamental para confrontar as versões apresentadas pela Polícia Militar e pelos familiares da vítima, que divergem sobre as circunstâncias da morte.

O caso ganhou grande repercussão depois que a versão oficial indicou que Gabriel teria desrespeitado um sinal vermelho e disparado contra a guarnição policial, que reagiu com um único tiro, causando sua morte. A família contesta essa narrativa e alega que o jovem não chegou a atirar.

Em entrevista ao jornalista Niraldo Correia, da Rádio Sampaio 94.5 FM, Cícero, pai de Gabriel, falou sobre a expectativa em relação à reprodução simulada. “Estamos ansiosos por esse momento. A reprodução vai nos ajudar a entender o que realmente aconteceu e trazer uma luz para esse caso”, declarou.

A realização da reconstituição é considerada um marco no andamento da investigação e deve esclarecer pontos que permanecem obscuros. Enquanto isso, manifestações e pedidos de explicações seguem mobilizando a comunidade local, que acompanha de perto o desenrolar do processo e aguarda respostas que possam trazer justiça à memória do adolescente.